terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A epidemia do “Ativamente Desengajado”

Quem é que não se depara diariamente com aquelas pessoas mal-humoradas quando chegam ao trabalho? Parece que estamos entrando em um ambiente de tortura, onde as horas não passam, e cada minuto se arrasta como um fardo impossível de carregar.
            Pois é, esse é o sentimento de muitos profissionais nos ambientes corporativos, a verdadeira “visão do inferno”, algo detestável e intragável de se viver todos os dias. Isso é o que chamamos de pessoas ativamente desengajadas, profissionais sem ambição, sem perspectiva de vida, com a autoestima inexistente, que não acreditam em ninguém e, muito menos nele mesmo, incapaz de produzir algo consistente.
            Profissionais ativamente desengajados possuem características próprias e de fácil identificação: não conseguem criar nada sozinhos, sempre copiam as coisas que outras pessoas fazem, porém de forma ineficiente; ao invés de agregarem valor ao ambiente organizacional, destroem tudo o que outros realizam; sua ambição é praticamente nula, e não há vontade de empreender e crescer.
            Para os profissionais ativamente desengajados o custo da mudança é muito alto, eles preferem ficar onde estão e “estragar” as pessoas ao seu redor a tentarem mudar; são avessos a mudanças exatamente pelo fato de não acreditarem em si mesmos; enfim, são pessoas “pobres de espírito”.
            Um dos últimos dados apresentados com a porcentagem de profissionais ativamente desengajados é alarmante e muito perigoso para a saúde das organizações. As pesquisas apontam que 18% dos profissionais sofrem desse mal, de serem ativamente desengajados, isso é quase a mesma proporção dos profissionais que realmente tem um “porquê de viver”, que conhecem seus propósitos de vida, aqueles que “vestem a camisa” e que fazem a empresa realmente se perpetuar.
            Não podemos deixar que essa epidemia tome conta de nossas organizações; precisamos urgentemente dilatar o número de 21% dos profissionais engajados, multiplicando de forma exponencial se quisermos manter as empresas vivas, produtivas e competitivas.
            Com esse intuito e sabendo que um dos ativos que mais valorizam nas organizações é o capital humano, e é visivelmente reconhecido como um investimento líquido e certo, que podemos e devemos tê-lo como foco principal de nossos Planejamentos Estratégicos; não é por menos que na ferramenta do BSC há uma perspectiva só para esse objetivo (pessoas e aprendizado).
            Uma vacina de grande eficácia é a antecipação da identificação desse mal; é uma ação altamente estratégica e eficaz, que não podemos deixar de aplicar em nossas empresas; precisamos deixar de ficar somente observando as coisas acontecerem, precisamos nos antecipar e sermos empresas que fazem as coisas acontecerem, pois senão nos surpreenderemos a cada fato que ocorrer nesse sentido.
Alexandre Giomo

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