Liderança formal x
Liderança moral
Por Alexandre Giomo
Quem já não se pegou se questionando:
O meu líder é um líder formal ou moral?
Como consigo diferenciar um do outro?
Essa é uma questão bastante comum,
acontece, praticamente, todos os dias, em todas as empresas, basta haver uma
equipe e um líder para que esse sentimento tramite entre as pessoas. Isso
ocorre porque as pessoas nem sempre têm os mesmos comportamentos. A cada
situação nos deparamos com reações diferentes e, consequentemente, comportamentos
diferentes. Daí, basta não ter um líder preparado para que esse sentimento,
essa dúvida venha à tona.
Ao pensarmos em qual seria a melhor
resposta para essa pergunta, verificamos que a situação parece fácil de ser
resolvida, porém não é bem assim. Nem
sempre constatamos comportamentos coerentes com cada forma de liderança, pois o
discurso dos líderes às vezes pode ser contraditório à prática de sua função.
Para nos ajudar a identificar de
maneira rápida e objetiva, trago algumas características de duas formas de
liderança, a formal e a moral.
*ainda
manda pelo peso do crachá;
*é
permissivo com o meio, a fim de deixar a equipe insegura, entendendo que só
desta maneira conseguirá manter seu lugar;
*é
centralizador, não confia em ninguém, inclusive nele mesmo, não dissemina
informações nem conhecimento, imaginando assim ser o “detentor do poder”;
*não
reconhece talentos, resultados, superação das pessoas de sua equipe;
*não
comemora os resultados; acha que os consegue sozinho.
Então, podemos dizer que o líder
formal ainda vive e gerencia pessoas como se fazia na era industrial, em que o
trabalho era apenas simples tarefas, e os “subalternos” viviam com a percepção
de monotonia, sentimento de insatisfação e extremamente resignados. Para esse
tipo de líder a era do conhecimento é algo que vem só para atrapalhar, para
tirá-lo da sua “zona de conforto” e fazer com que seus subordinados tenham suas
“cabeças viradas”.
Em contrapartida, temos, e acredito
que seja uma crescente daqui para frente, o surgimento, ou melhor, o
desenvolvimento do líder moral. São despojados do medo de serem superados, possuem
conceitos inovadores, atuais e que pensam no todo e não somente na parte que
lhe cabe.
O líder moral tem diversas
características que o fazem ser considerado como alguém que deva ser seguido,
visualizado e, por que não dizer, “copiado”.
Vejamos as características que fazem
do líder moral o gestor diferenciado entre os outros:
*a
sua competência no relacionamento interpessoal, com ênfase no respeito pelo
próximo, pelos seus subordinados, pares e superiores, não fazendo distinção
quando se trata de hierarquia;
*promove,
em seu departamento, um clima cordial, de confiança e credibilidade,
valorização e reconhecimento das pessoas, o que é um ponto crucial;
*é
um líder que incentiva, motiva e demonstra, por meio de seus comportamentos e
valores, respeito a todos de forma incondicional, entendendo que nada é
conquistado se não for com a participação de todos;
*é
fortemente focado em resultados, porém não fica “míope” em relação às pessoas
que lidera;
*é
agregador (dos valores das pessoas e da empresa) e disseminador de
conhecimentos – “Conhecimento parado é conhecimento morto”;
*seu
poder de inteligência emocional é surpreendente, anseia por ajudar e
desenvolver pessoas, resolver problemas de forma simples e com propriedade,
sempre mantendo o equilíbrio em seus gestos, atitudes, palavras e
comportamentos;
*tem
mente aberta para os feedbacks e
aperfeiçoamento constante, e ininterrupto.
Enfim, poderia ficar horas escrevendo
as boas características da liderança moral, contudo não é o caso aqui.
A ideia é refletir sobre a busca do entendimento
dessas diferenças entre as formas de líderes (formais/morais), permitindo que
nos tornemos um, ou identifiquemos com clareza e destreza, qual a linha que
nossas lideranças seguem, para que a pergunta que nos fazemos sempre seja
sanada e deixe de povoar nossas mentes de uma vez por todas.